Por Meire Araujo
A quarta noite de apresentações musicais referentes a Semana da Arte do IASP lotou o Auditório de Ensaios da Escola de Música e Arte da Faculdade Adventista de São Paulo, o IASP. Muitos alunos e funcionários vieram prestigiar o concerto de Janice Pezoa Trio ontem, 04 de abril. Os ritmos contrastantes, como também os improvisos e harmonias dissonantes levaram a platéia a um estado de contentamento. Esta é a segunda vez do ano que o grupo se apresenta no IASP, o campus que está localizado na cidade de Hortolândia, SP.
Durante o programa nove músicas foram interpretadas. As mais conhecidas como “Garota de Ipanema” e “Samba de Uma Nota Só” de Tom Jobim tiveram um caráter diferenciado. De acordo com o baixista do grupo, Paulo Signori, essa é uma das marcas que o grupo possui. “Tocamos esses clássicos popular da música brasileira um pouco alterado”, brinca o músico.
Além das músicas brasileiras, o grupo tem suas composições próprias. Boa parte do repertório do trio é da pianista Janice Pezoa. Em 2009, o grupo gravou seu primeiro cd intitulado Nuances. De acordo com a pianista que leva o nome do grupo, boa parte das músicas tem influências de pesquisas no exterior e músicos estrangeiros. “Eu componho muitas músicas, mas as idéias vêm de referências de outros grupos que eu escuto e assisto por aí. Mas a gente trabalha em conjunto. As vezes eu tenho uma melodia pronta, e o Paulo dá uma sugestão de harmonia. Então acaba que as idéias finais são de todo mundo”, explica Janice.
Entre as músicas apresentadas na noite, destaque para “Pequeno Ser”. A canção que começa bem tranqüila tem solo de piano, e é uma homenagem ao primeiro filho do casal Janice e Pablo (baterista do grupo). De acordo com a autora da obra, a melodia e os ritmos da música acompanham as fases do garoto Tomás. “Esta música começa tranqüila assim para mostrar como o Tomás era calmo quando nasceu. Depois, ela muda drasticamente e termina agitada porque ele cresceu e agora é agitado”, conta a mãe coruja que tira risos da platéia.
A técnica, as dinâmicas, os solos e improvisos dos músicos não teriam tanta magnitude se não houvesse os efeitos que na bateria, o professor Pablo Pezoa faz muito bem. Para ele, isso é fruto de pesquisas realizadas. “Os efeitos que eu uso aqui vem do erudito. Na verdade, tudo o que eu escuto, assisto em show de jazz e outros estilos contribuem para incluir nas músicas”, revela.
No final do programa os novos adeptos ao Janice Pezoa Trio aplaudiram muito a perfomance do grupo e levaram para casa filmagens e fotos de toda a apresentação.
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