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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Alunos usam criatividade na hora de tocar


Por Meire Araujo

Você já viu ou ouviu falar do Aspiralssovio, Tamborclipes, Chocambor e seu aliado Chocobum? Quem sabe, consiga imaginar como é o som de uma Flauta de água doce ou de um Violino maciço. Parece estranho, mas saiba que estes instrumentos existem! Atribuindo nomes engraçados à materiais bem simples como sucata, foi que 10 alunos do Curso Técnico em Música da Escola de Artes do IASP/ Faculdade Adventista de Hortolândia, criaram seus próprios instrumentos musicais. A idéia fez parte de uma das disciplinas do curso e foi apresentada no recital de encerramento das aulas.

Mais de 10 professores estiveram envolvidos na programação. Cerca de 20 alunos participaram do recital do Curso Técnico em Música do IASP. As apresentações dos alunos que aconteceram ontem, 21 de junho, na sala de ensaios da Escola de Artes do IASP reuniu amigos e parentes dos músicos estudantes. Entre as atrações destaque para as turmas das disciplinas de Canto Coral e Noções de Instrumentos.

De acordo com a professora da disciplina, Marlise Gacia os alunos deveriam ser apenas criativos. "Eles deveriam confeccionar um instrumento. Mas para isso, eu pedi para usar a criatividade e buscar algo que trouxesse sonoridade", alega Marlise. A aluna Franciane do Nascimento juntou vários clipes de metais em uma lata e mais uma corda de violino. "Eu dei o nome de Tamborclipes porque são vários clipes que estão suspensos aqui dentro por uma corda velha de violino", explica.

Já o aluno Jairo de Oliveira foi mais além. Usou seus talentos de lutheria e improvisou numa madeira maciça quatro cordas de violino esticadas de uma ponta a outra. "Eu queria fazer algo com madeira maciça, então utilizei esta madeira reciclavel e consegui tirar um som bem primitivo. Descobrir também que se eu colocar um captador com entrada para caixa de som, este violino vai ficar com um timbre bem metálico, como se fosse um violino elétrico", afirma.

Outra novidade, foi a Flauta de água doce que o aluno José Miguel Bispo confeccionou. "Após várias pesquisas na internet eu descobri este instrumento que é na verdade, um pedaço de cano com uma bexiga amarrada na ponta e água. Quando você aperta a bexiga a água que está armazenada nela sobe pelo cano. Para consegui fazer uma nota afinada, você só precisa equilibrar uma quantidade de água certa e assoprar na outra ponta. Quanto mais água você colocar dentro do cano, mais agudo o som vai ser e mais difícil de projetá-lo", orienta Miguel.

Além das apresentações individuais como solos de piano, flauta e violino, os alunos do Curso Técnico apresentaram canções de vários períodos da História da Música com as turmas de Canto Coral. De acordo com um do professores da disciplina, Sebastião Júnior, o trabalho foi diferenciado e inédito. "Como este ano tivemos que dividir as turmas do primeiro ano do segundo e terceiro, ficamos com pouca gente. Cerca de duas pessoas por voz. Então o trabalho foi minucioso e o repertório bem adaptável. Eu coloquei até algumas meninas para cantar a voz do tenor, já que tínhamos poucos rapazes na turma", fala Júnior.

Independente da falta de vozes, o diretor da Escola de Artes do IASP adverte que esta é a primeira vez que a turma do segundo e terceiro ano de Canto Coral consegue acompanhar os momentos da História da Música, estudada em sala com o professor Samuel Krahenbuhl, com os repertórios da disciplina de Canto Coral. "Esta é a primeira vez que conseguimos ensaiar uma música de cada período da História da Música", conta animado.

Ele enfatiza ainda que o Curso cresceu positivamente nos últimos anos. "Quem cursa o Técnico em Música oferecido pela Escola de Artes do IASP anda a segunda milha. Eu digo isso porque todos que estudam aqui possuem atividades paralelas. Ou ainda estão no Ensino Médio e cursam a Faculdade, ou trabalham. Mas de maneira geral estes alunos vem se desenvolvendo bastante. O Curso também está crescendo cada vez mais e a gente fica muito feliz com este progresso", anuncia no início da programação o diretor da Escola de Artes do IASP, maestro Wanderson Paiva.



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